Como seria a colisão de uma
estrela por um buraco negro massivo? Esta foi a pergunta que um grupo de
pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, tentou responder
por meio de uma simulação de computador, numa tentativa de reconstituir o momento
em que um buraco negro engoliu uma estrela, fenômeno observado em 2012, chamado
de PS1-10jh.
As simulações mostram que, quando
a força gravitacional de um buraco negro supermassivo puxa uma estrela, esta é
esticada em uma longa mancha antes de ser destruída. Cerca de metade da massa
da estrela pode ser ejetada como um fluxo de detritos e a outra metade,
eventualmente, pode se tornar uma espiral dentro do buraco negro, formando algo
chamado "disco de acreção". O estudo da simulação sugere que todo o
evento resultou em um clarão e que a curva de luz contém informações sobre o
tipo de estrela e o tamanho do buraco negro envolvidos na colisão. Além disso,
o trabalho também sugere que a estrela engolida era composta por hidrogênio – o
que é mais comum – e não hélio, algo que seria extremamente raro e que chegou a
ser cogitado na época em que a colisão foi identificada.
Os astrônomos ainda disseram que,
em uma galáxia típica, a colisão entre um buraco negro e uma estrela acontece
uma vez a cada 10 mil anos. O estudo foi publicado na revista Astrophysical
Journal.
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